Especialistas avaliam como deve se comportar o mercado imobiliário em 2021

Postado por Villarino Imóveis no dia 9 de fevereiro de 2021 em Mercado Imobiliário

(Fonte: extra.globo.com)

Qual deve ser a trajetória do setor imobiliário em 2021 em relação a compra e venda, aluguel, aquisição como investimento e taxas de condomínio? Para responder a essas perguntas, o EXTRA conversou com especialistas do ramo para que fizessem avaliações.

Rodger Campos, economista do DataZAP, braço de inteligência imobiliária do ZAP+, explica que, ao contrário do que aconteceu na maior parte do ano passado, os preços dos alugueis deverão subir:

— É uma reversão da queda que houve. Isso pode ser lido como um certo ganho de dinamismo nesse setor, no mercado de locação. Essa tendência ficará cada vez mais consolidada quando as engrenagens da economia voltarem a trabalhar, quando a vacina (contra a Covid-19) estiver sendo aplicada.

Em relação à aquisição, Luiz Barreto, presidente da Estasa Administradora Imobiliária aposta num desempenho até melhor do que o da locação:

— Com as taxas de juros baixas, que devem continuar assim em 2021, teremos mais pessoas buscando a compra por meio de financiamento imobiliário.

Para quem planeja adquirir a casa própria neste ano, Gustavo Araújo, gerente de Negócios da Apsa, traz um prognóstico animador:

— Não apostamos num aumento dos preços, porque a oferta de imóveis ainda é muito alta, e não faltam opções para a compra. Isso impede que haja elevação. Quem está com um imóvel à venda percebe que só tem procura, só tem interessados, quando o preço está coerente com a realidade do mercado.

Em um cenário econômico ainda adverso devido ao novo coronavírus, como devem ficar as taxas de condomínio? Segundo Tiago Galdino, do Portal ImovelWeb, a perspectiva é de alta.

— As despesas ordinárias estão ficando mais caras, com o aumento nos preços dos produtos de limpeza e das contas de água e luz. É provável que as taxas de condomínio tenham um reajuste entre 5% e 15%. Isso sem falar na inadimplência, que poderá impactar ainda mais as taxas de condomínio — afirma Galdino.

Veja abaixo projeções feitas por outros especialistas.

ALUGUEL DE TEMPORADA

Para André Barros, presidente da Morar Mais Imobiliária, o mercado de locação por temporada vive um período de instabilidade devido à pandemia, que deverá continuar, pelo menos, no primeiro semestre. Já Henrique Blecher, CEO da Incorporadora Bait, faz uma avaliação diferente: “Os imóveis colocados para (aluguel por) temporada ainda dependem mais de vacina, de controle da Covid. Mas isso tudo está mais próximo. Certamente, depois de tanto tempo confinadas, estressadas, as pessoas vão querer viajar, espairecer. Hoje já tem aumento de demanda, porque algumas pessoas evitam hotéis”.

COMPRA

Para Ezequiel Roitman, da Nota 10X Administração de Condomínios, a mudança de perfil de comprador de imóvel ocasionada pela pandemia deve permanecer em 2021: “Por estarem mais tempo dentro de seus lares, e a tendência de diversas companhias é manter o home office, as famílias estão procurando imóveis que se adequem a essa nova forma de viver. Porém, não acredito na alta dos preços. Aposto que vão permanecer estáveis”.

INVESTIMENTO

O negócio imobiliário nunca foi tão atrativo. É o que afirma Marco Adnet, diretor da Konek Transformação Imobiliária. “Seja para renda por meio de locação ou para revenda, há condições de ótimos retornos em ambas as hipóteses, especialmente para moradias com boa localização e preços adequados, face ao aquecimento da economia que se avizinha”, afirma. Rodger Campos, economista do DataZAP, faz uma avalição semelhante e dá mais detalhes: “Hoje, a taxa de juros está muito baixa, em torno de 2%. (ao ano). Se a gente olha para um imóvel que está pagando 5%, existe uma diferença de três pontos percentuais no ano. Isso não é negligenciável, principalmente quando falamos do risco que um imóvel traz, que é muito baixo”.

ALUGUEL

Jean Carvalho, gerente-geral de Imóveis da Apsa, afirma que a taxa de vacância deve ficar abaixo da de 2020, porém ainda alta, em torno dos 12%. “Com a queda do nível de desocupação, e alguma expansão da renda, o ano será de evolução no número de locações. Assim, mantêm-se os atuais preços”, avalia.

CONDOMÍNIO

Para Marco Adnet, da Konek Transformação Imobiliária, haverá reajustes das taxas de condomínio, mas não serão abusivos. “Estão atrelados à inflação (IPCA), que se mantém controlada”, explica o especialista.